A Igreja Fracassou? 13 Possíveis Razões!
por Nathanael Miranda Baldez
Vejo muitas coisas no Centro da Cidade, mas algo hoje me chamou atenção. Um jovem com uma blusa e uma faixa que dizia:"A IGREJA FRACASSOU".Às vezes amanheço um triunfalista da igreja que vê os diversos ângulos e progressos da fé cristã, outras vezes acordo com uma conclusão bem próxima deste jovem e de sua faixa. Mas me pergunto: teríamos fracassado?
Alguém diria que a estrutura fracassou, mas o espírito da igreja é o mesmo e é bom, não creio nisso, não creio que uma igreja e uma Igreja é resposta decente, não gosto de soluções fáceis e obvias demais para serem suficientes, eu creio em gente, eu creio em uma comunhão orgânica que recupera e congrega corpo, alma e espírito. Só creio em uma igreja: Ela é única, ela santa, é universal, é apostólica, ela é matéria, é espírito, é o pão e a reconciliação.
Dito isto, penso, o problema não está na estrutura, o problema está em nós, por um motivo apenas, tem gente nessas estruturas, elas não são autônomas, não se governam. Então voltamos à questão do fracasso. O Fracasso pressupõe uma expectativa, no nosso caso, uma missão ou propósito. Como igreja, somos antes de tudo uma comunidade de fracassados confessos, reunidos sob a égide daquele que sofreu o fracasso da morte e ressuscitou vitorioso. Uma vez acolhidos por ele, somos comissionados a buscar outros fracassados como nós, e lhes apresentar a vida após o fracasso.
O problema reside no fato de que em nossa caminhada, esquecemo-nos do nosso fracasso e perdemos a perspectiva de quem de fato venceu a morte e do quão fracassados somos, então fracassamos em nossa missão, pois impedimos que os outros fracassados vençam.
Então, nosso fracasso ocorre quando:
1 – Perdemos a dimensão e o compromisso com a Palavra de Deus;
2 – Acreditamos que o compromisso missional é para poucos chamados;
3 – Acumulamos recursos e engordamos contas bancárias que jamais serão compartilhadas com quem necessita;
4 – Desenvolvemos uma relação unilateral com Deus, onde se o ama, mas o próximo está distante.
5 – Aceitamos no seio da igreja pecados como mentira, gula, avareza e soberba, mas condenamos homossexuais, viciados em drogas, ou qualquer outro pecado que “apareça”.
6 – Negamos a nossa família em prol de atividades religiosas;
7 – Acreditamos em tudo o que é “sobrenatural”, menos na Palavra de Deus;
8 - Entendemos o culto como uma experiência individual com o foco em receber algo;
9 – Entendemos que a missão trata-se de projetos evangelísticos pontuais;
10 – Consideramos que artistas gospel são intocáveis e referenciais absolutos;
11 – Pregamos que: Evangelizar = Convidar para o culto;
12 – Julgamo-nos superiores a quem quer que seja;
13 – Vemos nossa opinião como a verdade incontestável.
A lista poderia continuar, mas paro para dizer a vitória dos fracassados: O penhor do fracasso é a Graça, Graça de Cristo, Graça com Cristo, Graça que ama, que se indigna, se inconforma, Graça que está em Deus, que está no Cabeça, graça que move o corpo, o sangue da Igreja, Graça que não fracassa.
Não sei se verei o jovem e sua faixa novamente, se sim, me atreverei a perguntar: “Por que?”
Se somos todos homens e mulheres sob o fracasso do pecado, só nos resta a esperança de um Reino sem fim, sem dor, sem choro, sem morte, sem fracassados, onde todos são um e um é a semelhança incorruptível do santo Filho de Deus.
O William é leitor do blog e compartilhou o texto do autor acima. Não achei a página do Facebook dele, mas o endereço da comunidade onde ele congrega foi linka
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